18 dezembro, 2008

Contagem regressiva para a Deevah

E depois da federal sumida que dei, volto para dizer que estou me preparando para o show da Titia Madge! Pq sou pheena e vou no camarote vip. E pq a possibilidade de chover na terra da garoa é obviamente alta. Mas quem se importa. Madonna na chuva é loosho. E ela é a deevah eterna.

Tenho estado tão alheia ao mundo que até tinha esquecido que aqui é o meu desabafo. Talvez seja por isso que eu esteja tão frustrada ultimamente. Mas com o final do documentário, os artigos pro jornal da minha cidade (pois eh, consegui...), últimas provas e afins, simplesmente esqueci de mim e foquei no resto. Deu merda. Obviamente.

Mas ok...já fiz as merdas. Ah sim. No plural! Mas pelo menos me fez ver o que eu quero, como quero e quando quero. Possivelmente fico aqui na empresa só até julho. Possibilidade de viagem para o ano que vem é só passar um mês com minha prima. Nada de morar fora até a faculdade acabar. Começando a focar na carreira jornalística, mas acho que meu futuro está nos documentários. Como é bom terminar um documentário e ver que o negócio fluiu como você queria e imaginou desde o começo. Foi trash, mas o final foi absolutamente recompensador. Ganhei amigos incríveis, me afastei daqueles desnecessários e estou a um passo do alcoolismo puro e simples. AA me espera no próximo ano de portas abertas.

Agora, o negócio é esperar pelo ano que vem, colocar os planos em prática e fazer tudo do jeito que estou planejando. Vai ser fantástico me ver livre do comex depois de cinco anos e finalmente fazer algo que realmente amo. Ok, comex me deu grana, me ensinou muita coisa e me deu grandes amigos. Mas sem tesão é muito difícil trabalhar. É difícil levantar pela manhã sabendo tudo o que me espera. Dae que eu cansei e resolvi que tá na hora de mudar isso tudo!

Mas por ora, deixa eu me concentrar no show da deevah! Vo me jogar no Bate Cabelo e conto pra vocês depois.

14 novembro, 2008

Crônicas de uma mente perturbada, parte 2.

Bom...eu pensei que as coisas entrariam no lugar depois do meu aniversário, afinal, o meu inferno astral acabou lá. Mas acho que na verdade meu inferno astral desta vez foi self-inflicted. Eu quis me machucar, sabe-se Deus pq. Mas eu simplesmente acho que eu mesma quis que td acontecesse como aconteceu e está acontecendo.

Já estou mais conformada em relação ao trabalho, faculdade, falta de descanso. Pra ser honesta, me conformei ontem. Foi a solução que encontrei. E só eu posso dar um jeito de acabar com os meus problemas. De que vai me adiantar ficar reclamando, me descabelando, me irritando? Percebi que a única coisa que vai me trazer é mais decepção. Talvez também mais estress e frustração. Decidi então ser uma pessoa de alma boa. Tentar rir mais (não sei se é possível rir mais do que o normal...mas posso tentar) dos problemas, levar a coisa de um jeito mais leve. Não deixar as pessoas e suas atitudes mesquinhas me afetarem.

Eu comecei esse post ontem, maaaas, devido ao trabalho e lalala, não pude terminar. Eis que então, estou eu aqui hoje para terminá-lo. E eis que ontem eu beijei. Pois eh...depois de...sei lá, três meses absolutamente afastada do mundo da pootaria, lá me enfiei de novo! Gatíssimo, mais novo, sorriso fofo, carinha de safado e muito, mas muito abusado. Tava precisando. Sério. Em absoluto. E surgiu exatamente na hora em que eu falei: foda-se. Sério...qdo resolvi desencanar...sem cabelinho, sem o outro fofo, sem o jogador de rugby. Fora todo mundo..eis que surge um fofinho.
Foi gostoso.

Anyway, no expectations, as we already know. Tenho pavor disso e todo mundo sabe. De qualquer maneira, foi extremamente gostoso. E é isso. Agora vou pra minas. Visitar mamãe. To com um sono absurdo e pensando nessa chuva indecente que acabou de cair. O metro vai estar um koo...e eu vou ficar mto irritada. Mas ok. Decidi ser uma pessoa melhor.

27 outubro, 2008

Crônicas de uma mente perturbada, parte 1

Hoje eu acordei um koo cagando. Sério. To de saco cheio. Eu sempre acordo meio de mal humor, mas hoje eu bati todos os recordes de irritação. Se dependesse de mim, o mundo inteiro explodiria pelo koo.
Gente, não sei se sou eu ou se é o mundo. Pq sério, não bastando eu ter acordado toda cagada no maiô, parece que tudo conspira pra me deixar ainda mais irritada. Hoje definitivamente é o dia em que não deveria ter saído da cama.

Agora, vou começar a dar um bitch around pra ver se eu melhoro.

Primeiro: gata, quem é você na noite pra falar de qualquer pessoa? Vc nada mais é que uma pootinha qualquer. Sim, poota! Pq vc dá pra deus e o mundo e se sente no direito de dizer que minha amiga é fácil? Fácil é vc que ta namorando e continua dando pro seu ex! Há, não ia falar, falei! Então, dobre essa sua língua imunda antes de falar um A de qualquer pessoa. Lembrando que ser poota e querer pagar de inocente é feio. Já te disse que gosto de poota que bate no peito e se assume. E outra, olhar na minha face e dizer que odeia bixinha (que coisa baixa e pejorativa) e querer ser amiga do MEU amigo pq ele grita Buatchii e faz sucesso e vc não, é demais. Arrume uma personalidade. Ai me procure. Caso contrário, beijooutrotchaaau.

Essa vida de comex ta acabando comigo. Alias tudo ta acabando comigo. O emprego, a faculdade, as pessoas. Que coisa encaralhada. Eu conto os minutos pra poder ir embora. Eu quero que os dias passem rápido pro fim de semana chegar e ficar tranqüila. Eu choro fumando meus Mallboros à noite pq eu to frustrada com as minhas escolhas. Eu só tenho 24 anos! Quem disse que eu tenho cabeça pra decidir meu futuro inteiro? Acho que preciso de outro cigarro.

Preciso ficar rica logo. Pagar minhas ultimas parcelas e viver de renda. Fazer algo que eu goste realmente. Revisão de livros, crítica de filmes, crítica de música. Abrir um bar. Não sei o que. Mas só sei que comex não é o que eu quero pra mim.

21 outubro, 2008

The girl I lost

E ontem foi meu aniversário. 24 anos nas costas. Quase um quarto de século se passou. E pra dizer a verdade, eu não faço idéia do que eu to fazendo nesse mundo! Eu ainda me pergunto se é jornalismo o que eu quero mesmo, se é comex, se eu quero ser madame, médica, astronauta, maquiadora, parteira, chef de cozinha. Eu não sei. Não faço a mínima idéia. Não fazer a mínima idéia é absolutamente frustrante. Pq eu acabei de fazer 24 anos. Ou seja, eu já deveria saber o que eu quero pra minha vida. Mas eu não sei. E não tenho idéia de como mudar isso. o_0

Falando nos meus 24 anos, sexta ele também fez 24 anos. Sim, exatamente 3 dias antes de mim. E eu, fina e educada como Dona Iaiá ensinou, liguei, desejei os parabéns, mandei um beijo outro tchau. Fiz minha parte. Mesmo que ele tenha terminado comigo de maneira que eh melhor nem relembrar, mesmo ele tendo me traído com aquela coisa, mesmo tendo sido ele o responsável, eu engoli meu orgulho e liguei. Seria feio da minha parte fingir que esqueci. Mas mais feio foi ele ter esquecido ou fingido que esqueceu o meu. Mas ok. Eu fiz minha parte. Eu continuo sendo educada.

Tenho uma paixonite platônica heh. É super divertido. Obviamente que seria beeeem melhor se eu tivesse com qq um dos dois, mas ok. O flertar está gostoso por eqto. Um é da faculdade. Ah, que fofo. Tatuagens, cabelinho na altura do ombro. Um fofo. O outro, mais jogadinho, Tb com tatuagens, que eu encontro no ônibus. Sim eu dependo do transporte público paulistano. Já me basta ter que pagar faculdade, condomínio, celular, supermercado e afins. Ter ainda que sustentar um carro, não dá! Enfim. O transporte público pode até ser uma merda, mas vc pode conhecer pessoas fofas. Na verdade, estou seriamente pensando em dar meu cartão de visitas pra ele. Afinal, lá tem meu celular. Tenho medo de parecer esnobe, mas é melhor que um pedaço de papel todo rasgado e amassado, certo? Hope so. Vamos ver se eu encontrá-lo amanha. Pq hoje, eu não o vi.

10 outubro, 2008

This holy shrine

Andei sumida, eu sei. Correria absurda. Mudar de emprego dá nisso. Acostumar com as pessoas novas, com a maneira nova de trabalhar, não ter ninguém daqueles que sempre te apóiam ao lado é difícil.

Mas ok. Sobrevivi ao meu primeiro mês. Aos trancos e barrancos. Ando meio de saco cheio dessa vida. Tenho pensando cada vez mais em ir logo pra Alemanha. Me pergunto diariamente se fiz a escolha certa ao trocar de emprego. A viagem estava marcada pro final de fevereiro. Agora, só Deus sabe quando eu vou. Ok que estou guardando mais dinheiro. Mas não tenho mais suportado a mim mesma. Todo dia de cara amarrada, lágrimas a ponto de estourar os olhos, má educação.

Talvez seja meu inferno astral falando. Afinal, faltam apenas 10 dias. A idade da indecisão está chegando heh. Mas o presente de aniversário eu já ganhei. Agora serei tia de fato e de direito. Engraçado como uma criança muda absolutamente a vida, inclusive daqueles ao seu redor. Eu estou absolutamente em choque. Pensando na minha irmã, se ela está se alimentando direito, se está descansando. Se o bebê é menino ou menina, pra que eu possa comprar roupinhas, brinquedos. Penso em fraldas. Pq, diga-se de passagem, descobri que um único pacote de fraldas custa uns 15 reais. Detalhe, um pacote que vai embora em um único dia E detalhe melhor, vc joga fora. São 15 reais diariamente jogados no lixo. Mas, td bem. É meu sobrinho. Ou sobrinha. Não importa. Queria apenas que minha mãe deixasse um pouco o orgulho de lado e curtisse o momento. Minha irmã tem quase 30 anos. Ser casada no papel ou não é apenas um mero detalhe. Dos menos importantes.

Sonhei com a Tina Turner. Que, aliás, ficou minha amiga. Diva absoluta. O que será que significa sonhar com a Tina Turner?

21 setembro, 2008

Blindness

Ontem fiz uma coisa que não fazia há muito tempo. Depois de uma tarde em casa, sem fazer nada, meio doente, fui ao cinema com a Sarah. E foi uma delícia.
Fiz minha unha, comi o dia todo até que ela me ligou e me resgatou da monotonia. Como eu preciso fazer isso mais vezes. Me envolvo tanto no meu egocentrismo que esqueço do mundo divertidíssimo que existe lá fora!
De qualquer maneria, fomos ver Ensaio sobre a Cegueira. Por onde começar? Pelo cinema lotado e uma sala pequena e mal projetada? Pelo brilhantismo de Saramago? Pela destreza de Fernando Meireles? Pelo fim de noite mais divertido dos últimos tempos?
Sarah e eu saímos do cinema e pensamos na cena mais difícil de todo o filme: quando as mulheres da Ala 1 vão para a Ala 3 trocar sexo por comida. E na volta, banham a " peixe-morto", como se estivessem limpando a si mesmas. E isso nos levou a pensar no individualismo. Nas buzinas impacientes quando o primeiro personagem fica cego. No Gael se proclamando Rei numa monarquia absurda e inexistente. Considerando-se rei de um "hospício" e consequentemente, da comida.
Acho o livro do Saramago atemporal. Não que uma cegueira branca cairá sobre nós. Bom, não que isso seja impossível. Mas talvez a cegueira branca já esteja entre nós. Nesse egocentrismo exacerbado, nessa pressa sem explicação do dia-a-dia, nesse caos em que estamos afundados e não encontramos maneira de sair.
A cegueira branca somos nós. Que nos impede de ver qualquer coisa além de nossos pensamentos obscuros e sujos. Nossos umbigos. Que nos impede de abraçar, agradecer, sorrir com pureza, amar com ingenuidade.
A cegueira branca tem nome. Os nossos.

02 setembro, 2008

Continua sem fazer sentido

Nunca fui uma funcionária exemplar. Se fosse, não postaria no blog em horário de trabalho. Mas por ter dislexia e simplesmente não conseguir prestar atenção por mais de dez minutos na mesma coisa eu sempre deixo alguma coisa por fazer. Obviamente que eu mantenho uma agenda sobre as coisas que preciso fazer, as prioridades, o que pode ficar pra depois. Mas mesmo com a agenda eu sempre deixo algo escapar...geralmente coisas que facilmente posso resolver no dia seguinte. Só que esse ramo de merda não aceita erros! Também não aceita minha necessidade de por 10 minutos ler um jornal ou qualquer besteira na Internet. E não é que eu faça merda todos os dias e em todos os meus embarques. Não faço. Mas são sempre besteirinhas que as pessoas se apegam e isso acaba comigo.

Pedi minhas contas e até que o pessoal levou numa boa. Ou pelo menos pareceu levar. Eu me pego pensando se eu to fazendo o melhor em mudar de empresa ao invés de mudar de ramo. Mas eu tenho contas pra pagar, uma faculdade caríssima e um ap pra comprar. Definitivamente esse ramo me dá dinheiro suficiente pra pagar tudo. Não dá pra jogar tudo pro alto. Apesar de querer. Mas por enquanto eu vou levar mais esse ano. Só mais um ano sem férias. Mas financeiramente vale muito a pena...e o que será mais um ano sem férias? Nada do que eu já não estou acostumada!

Entrei numa fase meio de carência. Sei lá. Preciso de colo, cafuné, olhares fofos. Ok, eu sei que tenho meus amigos e afins mas às vezes faz falta um cara. Seu. Talvez pq ultimamente eu tenho saído com muitos casais. Ou talvez pq deu vontade mesmo. Só sei que to carente. E eu nunca sei agir nessas situações. Na verdade eu acho que preciso viajar...dar uma espairecida e pensar na vida. Viajar pra bem longe mesmo.
Mas como eu disse lá em cima, só daqui um ano...

26 agosto, 2008

Decidi dar um tempo.

Eu ia começar este post dizendo que eu não me importo mais. Mas se eu realmente não me importasse, não perderia meu tempo falando sobre isso. O que significa que eu ainda me importo, e muito.
O que eu posso dizer é que eu perdi a vontade, o tesão, a boa vontade em entender e várias outras coisas que eu nem consigo pensar agora. Mas por mais que eu queira, eu não consigo me sentir mal por isso. Tudo o que eu podia fazer, falar, mostrar...eu fiz. Se as pessoas não querem ver por si mesmas não existe muita coisa que eu possa fazer. E nem sei se quero mesmo fazer.
Só não me faça promessas em vão, só não me faça perder meu tempo. Só não me faça dedicar tempo, paciência, ombro e afins sendo que você nunca vai retribuir da mesma maneira. Quantas vezes deixei de fazer coisas que eu queria, de ficar com meus pais, de ir para uma outra balada, um show, qualquer coisa pra satisfazer as suas vontades pq, querendo ou não, apesar de toda minha irritabilidade, chatice e afins, eu tenho um coração mole. Mas um dia eu te disse que a gente só aprende quando sente o gosto do asfalto por nós mesmos. E eu senti. E eu desencanei de fazer as coisas por você.
Eu obviamente não quero passar pelo o que já passamos. Foi definitivamente uma das piores coisas que me aconteceu. Mas também cansei de ser trouxa. Já tive minha cota. E ela estourou este final de semana. Não existe mais espaço para boa vontade e coração mole. Pq no final eu sempre me fodo. E me foder todas às vezes enche o saco.
Portanto, eu quero que vocês sejam felizes, caso vocês voltem. Que de fato ambos estejam maduros os suficientes para colocar todas as merdas pra trás e começar algo novo e completamente diferente do que tiverem. Pq, na boa, a gente sabe no que vai dar se tudo continuar como sempre foi.
Mas acabou a fase sluttyiena. Pelo menos compartilhada com você. Acabou os finais de semana juntas falando merda, bebendo cerveja e arrotando que nem homem. Pq eu não to afim de ser um step pra quando vocês não puderem se ver. As coisas poderiam ter acontecido de outra maneira. Mas você prefere sempre o caminho mais difícil. Vê o que você quer fazer e me avisa. Só não vou mais perder meu tempo quando você precisar de mim mas nunca ter você quando eu preciso. Acho que está na hora da gente mudar um pouco a dinâmica das coisas. Sempre um ceder não dá certo.
Mas foi como eu te disse: we still got love, we still have time.

18 agosto, 2008

Pelo não amor

Amor. Amor. Amor. Já percebeu como até mesmo o verbo em si já perdeu o seu sentido? As pessoas usam o verbo e suas flexões de maneiras tão banais e dispensáveis que nem mesmo ele conhece seu próprio sentido. E, pra dizer a verdade, eu to cansada da fama do amor.
É tão comum você ouvir casais dizendo: eu te amo. Mas, seria amor mesmo? Amor na sua forma pura e simples? Amor esse que de fato é eterno? Mutável, mas eterno? Amor esse que no segundo dia já é tão profundamente sentido e deliciado a ponto de ser pronunciado com o maior deleite? Será mesmo? Não sei. Chamem-me de cética, mas eu não acredito.
As pessoas casam, descasam, namoram, ficam, fazem sexo e às vezes confundem os sentimentos. E na falta de palavras (talvez por ignorância) dizem que é ou foi amor. Oi, não foi! Te garanto. Às vezes as pessoas nem mesmo trocaram olhares e você ouve: OH eu o amo. Ama quem? Uma figura que você não tem idéia se é inteligente ou não? Se é simpático, educado? Eu faria o Michael Phelps por exemplo, mas eu não o amo. Certeza que é amor o que você sente por alguém público? Ou é apenas admiração por tudo o que representa? Talvez a fama, a beleza, a graça. Até mesmo o fato de casar ou descasar como se troca de calcinha. Mas o amor é outra coisa. Ou deve ter sido e se perdeu no caminho.
Cansei. Só isso. Cansei das pessoas usarem o amor como desculpa. Ou das pessoas dizerem umas para as outras que as amam pra escapar de uma briga. Como forma de pedir desculpas por alguma merda feita. Como que para se explicar por não gostar tanto quanto a outra. Pra evitar desentendimentos, olhares feios ou até mesmo a reprovação de terceiros!!! Foda-se o que você sente pela outra pessoa. O importante é ser honesto com você e com o outro. Se ainda não é amor, ué, paciência...talvez um dia. Uma hora bate uma coisa, um arrepio na espinha, uma engasgada antes de falar qualquer coisa e ai você percebe: uau...é amor. Mas, enquanto sua palma da mão não suar, sua cabeça não girar, as borboletas amarelas do seu estomago não se manifestarem, o melhor é não dizer nada. Até pq um olhar muitas vezes é bem melhor do que um eu te amo falso e calculado.
Por isso eu sou a favor do não amor. Sim, pelo não amor. Pq eu desconfio de quem diz eu te amo demais. Cada vez que se falam, lá está o eu te amo. E a sensação de falsidade fica no ar. Ninguém ama tanto e nem a todo minuto. Existem momentos em que você quer esganar a pessoa. Fazer com que ela suma da sua frente. Eu te amo demais quer provar alguma coisa que nem você sabe se sente mesmo ou não.
Então, eu não digo eu te amo. E não falo mesmo. Pode perguntar. Eu preciso ter certeza de que não vou soltar algo falso que vá ficar na memória de ninguém. Talvez eu pense demais e por isso nunca tenha falado. Mas tudo o que senti e falei foi verdadeiro. Mas não senti que podia falar eu te amo. Talvez pq eu não amasse. Mas não vou dizer só por dizer. Pra ter o que falar em momentos de silêncio. Por não ter algo melhor pra dizer numa briga. Em sinal de agradecimento por um presente. Eu vou dizer no momento mais tolo. Mas a pessoa vai saber que o amor é verdadeiro.

14 agosto, 2008

Aquilo que não tem sentido.

Nada ultimamente tem feito muito sentido. Não que muita coisa tenha feito muito sentido pra mim. Mas ultimamente a coisa desandou. Engraçado pq eu consegui colocar meu eu no lugar, mas o resto perdeu seu sentido mais puro. Talvez as coisas sejam assim mesmo.
Ando contabilizando os estragos do meu afastamento geral pós-término. Devo dizer que é exaustivo ter que me explicar pela vigésima vez. Sinceramente. Achei que as pessoas me conheciam melhor. Até pq sempre disseram que eu sou muito seletiva na escolha dos meus amigos, ou seja, escolhi aqueles que mais têm condições de entender um ser complexo como eu. Acho que não...heh.
O problema é que com as desculpas vêm as perguntas. Como você está? Têm se falado? Blábláblá whiskas sachet blábláblá. Sei lá...enche o saco!

Não tenho aulas de sexta. Iei!! Felicidade acima da média. Mas ontem eu fui. Na primeira aula apenas, mas fui. Voltei pra casa, tomei banho. E dei de cara com meu vizinho voyeur.
Eu sempre, desde que moro aqui em São Paulo, tenho costume de deixar a janela aberta. Não inteiramente aberta, mas aberta. Tipos, um pedaço. Uma fresta. Sempre fiz isso. Nunca tive nenhum problema. Mas ontem, meu quarto naquela bagunça digna de zona de Guerra, eu falando sozinha como sempre, sento na cama, sem toalha e começo a passar meus cremes. Sim, mulheres e seus muitos cremes. Até que, não sei, sensação estranha, de quem está sendo observado. Olho pra janela e lá está o vizinho. Olhando pra mim. Disfarço, levanto, coloco a toalha, fecho a janela. Termino de me trocar. Abro a janela de novo. Já não está mais lá. Deito, começo a ler. Bate o sono. Apago a luz. Sonhos bizarros. Acordo as duas da manhã. E depois as quatro. Cheguei no trabalho atrasada. Chove. Mas, sei lá. Não foi tão ruim ter sido observada. Faz bem pro ego. Faz tempo.

Saudade é não saber o que acontece com a outra pessoa. Eu sinto saudades dele. Não dele fisicamente. Isso eu consegui colocar pra trás. Mas sinto falta do que ele significava. Não sei o que se passa com eles, ou com nossos amigos. Mais dele do que meu. Mas sinto saudades deles. Me afastei pra não gerar intrigas desnecessárias. Queria saber se ele está indo pra faculdade de sábado. Se ele já está colocando as coisas em ordens. Se tudo está bem.

Realmente nada mais faz sentido. Nem este post!

04 agosto, 2008

Eu sempre fui o que sou

E eu não fui para a praia! Bateu a preguiça, a previsão do tempo não era das melhores...o trânsito como sempre estava um inferno....então, decidimos ficar! E não poderia ter sido melhor.
Primeiro pq ter a Pess junto comigo durante 3 dias é fantástico. Todas as conversas bizarras, os arrotos, as cervejas e o máximo de bad tv que conseguimos assistir é simplesmente incrível. Segundo pq eu sempre reencontro meu eixo quando estamos juntas! Terceiro pq...terceiro pq é só colocar um sorriso no rosto...parece que o mundo sorri de volta.
Na sexta, fomos no boteco ao lado de casa com o André. Nada melhor do que botecos ao lado de casa. Lei seca que se exploda. Vou e volto a pé sem problemas!! Depois, corremos pra casa, trocamos de roupa e fomos pro CB. De táxi, obviamente. Sou louca, mas não a ponto de passar numa blitz e acabar com o fim de semana! E foi muuuuuuito bom! Total estava precisando. Tipos, absurdamente. E não poderia ter tido cia melhor do que minha grande e fiel Pess. Dançamos, bebemos, falamos merda, rimos, flertamos (nada maaaaais divertido do que dizer flertar!)...carinha fofo...mais novo...heh. Enfim, eu me diverti.
Foi então (ou melhor...acho que foi hoje...talvez eu tenha tido esse flash ontem...ah sei lá...)enfim, foi então que eu percebi que eu mudei sem ter mudado. Não estou mais neutra, não sou mais a Suíça. Agora eu voltei a ser eu, sem ser especificamente eu. Tá certo que é um pouco difícil de entender, mas talvez com o tempo vocês entendam. Ou não também, quem se importa? O fato é que eu voltei a ser eu...mas focando o meu eu para outro lado. Ao invés de ficar sempre naquele lado ranzinza, de quem não quer sair nem fazer nada fora da sua zona de conforto eu simplesmente mandei esse meu lado pra puta que o pariu e simplesmente viver. Pq afinal de contas, eu tenho apenas 23 anos e muito tempo pela frente. E ficar em casa fingindo que tudo está certo num sábado a noite sozinha definitivamente não é o que eu quero pra mim.
Pess e eu temos um plano agora. Um final de semana ela vem. Um final de semana eu vou. Portanto, não ficaremos mais tanto tempo sozinhas e sem as necessárias risadas e cervejas e arrotos. O mundo volta a seu curso natural. Mundo autista ao nosso redor...sem perder a pose!
Realmente estou empolgada com meu sempre eu modificado. Garantia de divertimento.

23 julho, 2008

Eu não fui infantil

No meu penúltimo dia da rechaçada licença médica, fui ao dentista, ao médico e aproveitei pra visitar uma velha amiga, que por acaso, é irmã do meu ex namorado (ex ex, não o ex do primeiro post!).
Pensei que ia ficar com cara de pateta, falar alguma coisa imbecil. Querendo ou não, ficamos um ano e meio juntos e foi super divertido. Quer dizer, tudo na vida tem ups and downs...mas eu realmente me diverti com ele. Continuo sem saber, mesmo depois de cinco anos, se um dia eu realmente o amei, mas posso garantir que gostei muito.
E lá fui eu, pro consultório deles (ambos são dentistas, assim como os pais) e lá eu o encontrei. E como foi divertido e adulto e...normal! Heh. Ele sorriu quando me viu, eu sorri. Cinco anos sem se ver ou falar com certeza mudam as pessoas. E nós mudamos. Crescemos.
Ele está super fofo e eu super orgulhosa dele. Dentista formado, trabalhando, fazendo especialização, namorando. Parece mais calmo. Mais pé no chão. Se tive parte nisso, fico extremamente feliz. Se não, já é fantástico saber que ele está bem.
Eu acredito que depois que um relacionamento acaba as pessoas precisam de tempo. Tempo pra si e para os outros. De nada adianta manter contato, ligar, emails, recados por amigos em comum. Erro clássico. Tudo o que foi divertido vira pó por picuinha. Aliás, acho que já mencionei isso em algum outro post. Definitivamente esses cinco anos longe foram muito necessários. Hoje eu posso conversar com ele como uma pessoa normal e rir novamente de todas as coisas bobas e engraçadas que fizemos juntos. Foi uma experiência muito interessante pra mim. Ainda tenho a mente presa, apesar do coração estar em paz em relação ao ex. ( Ex, não o ex ex).
Enfim...eu não fui infantil. Fui adulta. Fui lá, visitar, contar as novas, ouvir as novas, dar risada pelas bobeiras do passado.
Engraçado perceber que a gente cresce. De uma maneira ou de outra, somos obrigados a crescer.

P.S: Apenas uma semana pra ir pra praia. Dito isso, saberemos em uma semana se voltei a ser eu, ou se meu eu continua on hold.

22 julho, 2008

Eu não fui forte

Não fui nem um pouco forte. At all.
Tudo estava combinado. Tudo estava certo, arrumado. Deixei tudo limpinho e arrumadinho, para que não houvesse nenhum problema. Mas de nada adiantou.
Eu pedi férias. FÉRIAS. Pra que não fosse problema pra ninguém. Eu iria tirar uma semana de férias pra cuidar de mim. Operar meu olho, ir ao médico, dentista. Fazer tudo o que eu precisava fazer. O que eu eu recebo em troca de ter feito tudo com dois meses de antecedência??? Um "pedido" de reavaliação da minha licença médica. Uma semana é muito tempo pra operar o olho. Novamente: eu havia pedido férias, pra não ter nenhum tipo de problema. E de nada adiantou. Hoje é terça feira, operei meu olho correndo ontem. Amanhã volto pra São Paulo. Pra trabalhar quinta e sexta. Pq ninguém consegue cobrir meus clientes por uma semana. Uma única semana. Apenas sete dias! Nenhum embarque estava parado, nenhum email deixou de ser respondido. Nada. Mas eu nao posso ficar uma semana fora.
E então eu comecei a pensar. Pensar, pensar, pensar, pensar. Definitivamente isso é o que eu mais faço na vida. Eu penso. Prós, contras. Contas, faculdade. Viagem de férias. Será que vale a pena mesmo? Vale a pena deixar meus pais aqui, ir correndo de volta pra São Paulo, trabalhar dois dias, voltar pra cá, ficar mais sábado e voltar pra São Paulo de novo? Vale realmente? Pq eu já não sei mais o que vale pra mim. Todo mundo continua repetindo: fica ai, larga a mão de ser boba...ela tá sendo cara de pau...já tava td combinado. Mas eu não consigo ser assim. Eu simplesmente não consigo apertar o foda-se e falar que simplesmente não vou. Pq eu sei que no final das contas, por mais merda que eu faça, eu sempre seguro as pontas e faço o negócio andar. Afinal, quem cobriu 30 dias de férias sem ninguém ajudando? Mas eu não tive coragem de falar não. Não tive coragem de falar: já tava td certo, eu não vou voltar antes.
A solução? Ainda estou pensando. Provavelmente vou pedir demissão. Ficar até o final de novembro. A possiblidade é grande. Talvez ficar até a primeira semana de dezembro e ir pra Alemanha conforme o combinado.
Não sei. Só sei que não fui forte como eu sei que sou. Eu simplesmente deixei que minha vontade fosse suprimida pela vontade alheia. Deixei que montassem em mim.
Vamos ver o que acontece qdo voltar pra lá na quinta. Provavelmente vou ficar com cara de merda e trabalhar com fone pra não ter que ouvir ninguém. Trabalhar pro dia passar rápido e poder voltar pra cá.
O primeiro passo para a mudança eu já dei. Mas as coisas exigem paciência. E tempo.

07 julho, 2008

Eu não sou...qualquer coisa que se encaixe neste post.

Continuo em stand by. Suiça rules.
Desde Janeiro estou sozinha. Fiquei apenas com um cara desde o fatídico fim do namoro. Não que isso seja ruim...Reencontrei-me. Pude pensar, chorar, afogar as mágoas, lavar a alma. Pra poder chegar inteira num próximo relacionamento. Nada pior do que começar algo sem ter de fato terminado o anterior. Essa coisa do: vamos beijar o primeiro mané que aparecer na frente só pra esquecer é total furada. Sempre fui dessa teoria...e nunca me arrependi!
De qualquer maneira, depois de seis meses, me dei carta branca pra, sei lá...deixar alguém me descobrir. Deixar alguém legal se aproximar e ver no que vai dar. E esse alguém total apareceu do nada. Não esperava. Aliás, brincava com o pessoal que estava saindo em determinados dias, pois naquele dia arrumaria um namorado. Tá certo que nunca aconteceu, heh. Mas renderam várias risadas todos os dias. Acho que falava mais pra rir com o pessoal do que de fato arrumar um namorado. Até receber o e-mail.
Não esperava, aliás, nem lembrava da existência do menino. Mas ele apareceu. Mandou um e-mail fofo, puxou assunto...pensei: oras, pq não? Ele é fofo, educado...a idade é boa. Dei bola. Conversa daqui, conversa dali, telefones são trocados, conversas sem pé nem cabeça, assuntos bizarros. Um bom jeito de começar qualquer coisa comigo. Gosto de bizarrices.
Porém, nada pode ser tão bom assim, certo? Certíssimo. Ele tem uma filha. De um ano. A mesma idade do meu sobrinho mais velho. Ele tem 23 e a ex tem 18. D E Z O I T O. Uma criança. Ou melhor, duas crianças com uma criança pra cuidar. Eu sirvo muito bem pra cuidar do meu sobrinho. Afinal, é meu sobrinho. É sangue, família. É meu bebê. E eu não tenho que cuidar dele sempre, nem dividir a atenção de ninguém com ele. Alias, é muito difícil eu prestar atenção em qualquer pessoa quando estou com ele. Mas isso sou eu. Eu não tenho espaço pra uma criança na minha vida. Eu sou carente, eu sou chata. Eu demando tempo e paciência. Dividir fins de semana, noites ocasionais, atenção, carinho, não é pra mim. Não agora. Um dia eu vou ter um filho. Mas não aos 23 anos. Não enquanto eu não tenho condições de cuidar de mim mesma. Pra mim, ter um filho tão novo só prova o tamanho da sua irresponsabilidade e imaturidade. E eu deixei isso pra trás. É difícil pensar em fins de semana em que teremos de ficar em casa pq o bebê vai estar lá. Ou ver a ex sempre lá. Por mais tranqüila e absolutamente desligada que eu seja, essas coisas me machucam. E eu não falo nada, mas acabo mudando de atitude. Devagar, mas mudo. E eu passo a ser grossa, distante. Eu não quero isso. Quero curtir, quero sair, quero beber...sem pensar em amarras, em responsabilidades.
Não fui adiante. Não beijei o carinha e expliquei a situação. Me senti meio bruxa. Tipos, dona Clotilde. Mas eu seria muito pior depois.
O stand by pretende durar até a ida para a praia, em agosto.

30 junho, 2008

Eu nunca fui outra a não ser eu

Depois de um alcoolismo foda no final de semana, mergulhei numa reflexão profunda sobre minha existência. E descobri que estou cansada de ser quem eu sou.
Eu sei que sempre fui meio moleque, desencanada, faladora assídua de palavrões e bordões imbecis, bêbada assumida. Mas cansei. Simplesmente eu percebi que não quero ser quem eu sou...mas, se eu não for assim, vou ser o que?
Cansei de dar trabalho para os outros e para mim mesma. Cansei de ser a porra loca, a animadora de festa, a piadista. Cansei de ser a péssima amiga, a filha que não responde às expectativas, a aluna mediana. Eu simplesmente não estou satisfeita comigo mesma e não quero mais isso.
Mas é ai que mora o problema. Já tentei ser diferente. De verdade. Já tentei ser mais responsável no trabalho e faculdade, já tentei ser uma filha mais presente e mais séria, já tentei ser uma amiga melhor. Já tentei ser mais alegre e menos rabugenta. Já até fiz a Poliana vááááárias vezes. Mas de nada me adiantou.
Eu continuo fazendo exatamente tudo igual. E tentar e morrer na praia é extremamente decepcionante. Pq daí você simplesmente não tem mais vontade alguma de lutar, afinal, você já sabe onde isso vai dar!
E então eu pensei o final de semana inteiro...claro que ressaca moral ajuda a afogar ainda mais.
Mas é aquela coisa: não é que eu tenha vergonha de ser quem eu sou! Muito pelo contrário. Sejam coisas boas ou ruins, se foram de fato feitas por mim, com orgulho ou dor irei assumi-las! Sem dó. Até pq, fingir que não fiz alguma coisa só pra não ficar me sentindo um ser de outro planeta perto de outras pessoas não está nos meus planos. Definitivamente! Se eu fiz, fiz e ponto, acabou. Já era. Não vai adiantar chorar o leite derramado. Se foi feito, paciência. O negócio é bater no peito e assumir.
O problema é que cansa. E muito. Cansam as brincadeiras, cansa o dia seguinte, cansa o choro, cansa a dor. Cansa se decepcionar e mais ainda decepcionar aqueles que me amam. Não me importo com qualquer um, mas aqueles que amo contam muito pra mim e é difícil ver que eles estão tristes por minha causa.
Não sei se vou tentar mudar ( de novo). Não sei se vou tentar ser diferente. Só sei que por enquanto estou em stand by. Não sou nem eu, nem outra. Sou neutra. Sou a Suíça até segunda ordem!

16 junho, 2008

O que eu perdi

E finalmente o dia 12 foi embora. Levou consigo seus corações vermelhos, suas promoções e seus casais apaixonados. O trânsito atípico e as filas gigantescas nas portas dos restaurantes. Levou também minha típica irritação com esta data.
Acho que já é de conhecimento de todos que me conhecem a minha rabugice. Sou chata, reclamona e ranzinza...Mas essa sou eu! Adoro meus amigos, mas a falação e o burburinho do dia dos namorados só servem para dizer que os solteiros são miseráveis e sem condições de arrumar alguém. Por mais convicto que você seja da escolha que fez de ficar sozinho, no final das contas é assim que muitos casais nos vêem. Sozinhos, tristes e miseráveis. Não que eu queira ficar sozinha. Eu super quero um namorado. Eu super queria que meu namoro tivesse dado certo. Mas não deu! Sabe-se lá pq, mas não deu.
Talvez eu esteja fugindo. Talvez eu esteja novamente me fechando, por mais que isso me machuque. Mas dói menos me machucar do que ser machucada. Porque aí vem tudo outro vez. Apesar de ser uma delícia se apaixonar, descobrir a outra pessoa, seus gostos, sua risada, sua cara brava, seus vícios, quando termina, sobram as lágrimas, as lembranças. E então, coisas bobas , que nem havíamos percebido antes, vem à tona e você se pergunta como pôde ter sido tão ingênuo. E eu me tranco em casa. Me isolo. Esqueço que lá fora existe um mundo a ser visto, pessoas a serem conhecidas, piadas a serem contadas, cervejas a serem bebidas...Por mais que eu queira sair, algo me impede, me segura, dizendo que estou salva, sem riscos.
Demoro a esquecer. Preciso entender o que deu errado. O que eu fiz de errado. Mas a resposta nunca vem. E me torno mais rabugenta, mais ranzinza e mais fechada. E não deixo ninguém saber o quanto é gostoso me descobrir.

24 maio, 2008

Eu não sou educada

Pois é. Se vc se deu ao trabalho de ler o post anterior, sabe que eu não sou simpática e não pretendo ser. Ainda mais quando por situações diversas da vida, sou forçada a interagir com pessoasque não conheço e não faço nenhuma questão.
Hoje é sábado. Metade dos netos moram fora, portanto, os almoços de domingo foram transferidos para sábado. Minha família. Meus tios adoráveis, primas amadas, primo mais que querido, pais surtados, porém, lindos, irmãs. Sobrinhos, Tata, Luzia. Somente nós, certo? Errado. O que deveria ser mais um almoço bizarro em família, com mta comida e bebida e assuntos imbecis rolando na mesa de poker se tornou um absoluto martírio para mim. Sério. Martírio mesmo. Daqueles em que vc quer pegar a faca de pão e cortar o pulso. E só de sacanagem, deixar o sangue escorrer na mesa do almoço.
Porra, almoço em família pra mim significa eu e minha família. Mas é claro que não! Já não basta eu não gostar daquele cara, de não gostar da mulher dele e ter desejos absurdos de chutar a filha deles, o energúmeno ainda me faz questão(só pode ser...)de levar um bando de gente que NINGUÉM na minha família nunca viu na vida pra almoçar conosco. Ou filar bóia, na minha teoria de filha da puta. Sério! Foram, sei lá...umas dez pessoas a mais. Tipos, DEZ! Não é que vc, se lá, é convidado para um almoço e leva uma pessoa junto. Não não. Ele levou uma renca. E se vc for pensar, realmente é fácil convidar sua família pra passar o feriado na sua casa. Vc simplesmente os leva pra almoçar na casa de outra pessoa. Sem avisar. Caralho, será que sou que sou absolutamente implicante, ou as pessoas realmente perderam totalmente a noção? E o que eu fiz? Quando vi aquelas zilhões de pessoas entrando e se servindo (juro, quando tentei fazer um prato, simplesmente dei meia volta pq achei que ia ser nocauteada antes de chegar perto da panela de arroz), como se nada fosse, como se fazer feijoada fosse barato, então, pra que pagar, eu simplesmente fiz um comentário do tipos: a boiada tá realmente com fome e saí. De medo. E novamente eu fui absolutamente grossa e mal educada. E eu não me importo. Na boua, eu não me importo. Pq eu posso até ser grosseira, mas no fim, todo mundo ficou incomodado. Só que se eu faço algum comentário, sou mal educada. Pq eu sou sempre a única que faz os comentários
Pois que seja. Nunca fui educada. Nem pretendo ser.

19 maio, 2008

Eu não sou sociável

Admito que pensar em ser simpática já me dá gastura. Sério. Isso de sorrir afavelmente para pessoas que não conheço e não tenho o menor interesse é uma das coisas mais irritantes que existe. Não sou simpática. E creio não querer ser.
Todas as vezes que me deparo com situações totalmente opostas à minha rotina, já sinto um desconforto tremendo, como se o mundo fosse dar cabo de si mesmo! Sair com meus amigos (poucos, mas falarei disso depois) é seeempre uma imensa alegria, mas adicione duas ou três pessoas que eu não conheça e não faça questão e você terá uma bela situação de merda em suas mãos. Sério! Eu vou tentar ser simpática (sim, sou tão imbecil que apesar de saber minhas limitações, eu tento!), tentar sorrir afavelmente e tentar iniciar uma conversa sobre algum assunto de merda que esteja em pauta no mundo. E o que acontece? Eu acabo por fazer algum comentário que: 1) ou mata meus amigos de rir, mas as pessoas que não conheço ficam se olhando com cara de ___ ; 2) ou a mesa toda ficará num silêncio absoluto até que alguém faça algum comentário para que qualquer assunto volte a ser discutido.
Não me pergunte pq eu tento, mas acho que até deveria levar um certo mérito por isso. Não sou simpática, mas eu tento. E tentar é algo nobre, acho eu!
Talvez pq eu ache que ser sociável não seja uma das atividades mais gratificantes do mundo que eu seja assim. Porém, quem se fode obviamente na história, c'est moi! Pq no fim, não ser simpática e sociavel faz com que você não conheça pessoas incríveis que estão por aí pelo simples fato de que você é preguiçoso ou rabugento demais. E eu sou preguiçosa e rabugenta demais. Talvez pq eu tenha tentado tantas vezes que chega uma hora em que você olha pro lado e solta um sonoro foda-se e decide ficar na sua, até pq, murro em ponta de faca machuca.
Mas quando você se encontra em casa, num domingo à tarde, sem ninguém pra te acompanhar num programa bizarro, você sente o peso.
Não sou sociável, não pretendo ser, mas é uma merda!

28 abril, 2008

Eu não fui esperta

Sei bem tudo o que nunca fui. Sempre saberei.
Sei que nunca fui legal, sociável, garota fofa...enfins. Sei de tudo e comentarei de tudo. Porém, este primeiro post veio graças a uma merda que fiz.
Sei que nunca fui muito esperta. Não no sentido de inteligência ou algo do tipo. Nunca fui esperta no sentido de resistir bravamente aos anseios de ver ou procurar coisas que sei que irão me machucar.
Pois bem. Num dia de ócio no escritório, graças à falta de email, resolvi fuçar em tudo! Nada MAIS imbecil do que fuçar em coisas pós término. Ainda mais um namoro que você NÃO tem idéia do pq chegou ao fim!
Lá estava eu, linda e morena (o linda é por minha conta mesmo!!!), xeretando pela internet, quando, sabe-se Deus pq, resolvi olhar as fotos no álbum de uma menina. Não. Não sei se terminou por conta dela, se eles ficaram ou qualquer coisa do tipo. Mas lá estava eu, abrindo todos os álbuns dela, procurando, procurando, o coração batendo na garganta. Até encontrar. Várias fotos com ele, só dele, dele com os amigos. Feliz, lindo, bebendo, fumando, fazendo suas caretas de sempre. E do outro lado estava eu. Sozinha, perplexa, doida, com mal de parkinson. Em choque, olhando.
E então um dos meus melhores amigos vem até minha mesa. Me conforta. Diz que ela é estranha, tem cara de travesti (grandes merda! eu basicamente sou um travesti que nasceu no corpo certo). Eu digo: "sabia que ele tinha me deixado por ela". Ele diz: " Pára de ser louca (oi? impossível, nasci assim). E se eles são apenas amigos?". Não sei. Realmente não sei. Mas dói. Dói mais ainda saber o tamanho da minha estupidez. Por ter procurado, fuçado, desejado ver. Meses sem fazer nada, sem orkut, emails. Semanas sem procurá-lo (precisei ligar algumas vezes: roupas dele em casa, roupas minhas na dele e uma ajuda num sábado pela manhã). Semanas sem uma única notícia dele. E eis que, na minha inocente estupidez, resolvo procurar.
Definitivamente, nunca fui muito esperta.