28 abril, 2008

Eu não fui esperta

Sei bem tudo o que nunca fui. Sempre saberei.
Sei que nunca fui legal, sociável, garota fofa...enfins. Sei de tudo e comentarei de tudo. Porém, este primeiro post veio graças a uma merda que fiz.
Sei que nunca fui muito esperta. Não no sentido de inteligência ou algo do tipo. Nunca fui esperta no sentido de resistir bravamente aos anseios de ver ou procurar coisas que sei que irão me machucar.
Pois bem. Num dia de ócio no escritório, graças à falta de email, resolvi fuçar em tudo! Nada MAIS imbecil do que fuçar em coisas pós término. Ainda mais um namoro que você NÃO tem idéia do pq chegou ao fim!
Lá estava eu, linda e morena (o linda é por minha conta mesmo!!!), xeretando pela internet, quando, sabe-se Deus pq, resolvi olhar as fotos no álbum de uma menina. Não. Não sei se terminou por conta dela, se eles ficaram ou qualquer coisa do tipo. Mas lá estava eu, abrindo todos os álbuns dela, procurando, procurando, o coração batendo na garganta. Até encontrar. Várias fotos com ele, só dele, dele com os amigos. Feliz, lindo, bebendo, fumando, fazendo suas caretas de sempre. E do outro lado estava eu. Sozinha, perplexa, doida, com mal de parkinson. Em choque, olhando.
E então um dos meus melhores amigos vem até minha mesa. Me conforta. Diz que ela é estranha, tem cara de travesti (grandes merda! eu basicamente sou um travesti que nasceu no corpo certo). Eu digo: "sabia que ele tinha me deixado por ela". Ele diz: " Pára de ser louca (oi? impossível, nasci assim). E se eles são apenas amigos?". Não sei. Realmente não sei. Mas dói. Dói mais ainda saber o tamanho da minha estupidez. Por ter procurado, fuçado, desejado ver. Meses sem fazer nada, sem orkut, emails. Semanas sem procurá-lo (precisei ligar algumas vezes: roupas dele em casa, roupas minhas na dele e uma ajuda num sábado pela manhã). Semanas sem uma única notícia dele. E eis que, na minha inocente estupidez, resolvo procurar.
Definitivamente, nunca fui muito esperta.