23 julho, 2008

Eu não fui infantil

No meu penúltimo dia da rechaçada licença médica, fui ao dentista, ao médico e aproveitei pra visitar uma velha amiga, que por acaso, é irmã do meu ex namorado (ex ex, não o ex do primeiro post!).
Pensei que ia ficar com cara de pateta, falar alguma coisa imbecil. Querendo ou não, ficamos um ano e meio juntos e foi super divertido. Quer dizer, tudo na vida tem ups and downs...mas eu realmente me diverti com ele. Continuo sem saber, mesmo depois de cinco anos, se um dia eu realmente o amei, mas posso garantir que gostei muito.
E lá fui eu, pro consultório deles (ambos são dentistas, assim como os pais) e lá eu o encontrei. E como foi divertido e adulto e...normal! Heh. Ele sorriu quando me viu, eu sorri. Cinco anos sem se ver ou falar com certeza mudam as pessoas. E nós mudamos. Crescemos.
Ele está super fofo e eu super orgulhosa dele. Dentista formado, trabalhando, fazendo especialização, namorando. Parece mais calmo. Mais pé no chão. Se tive parte nisso, fico extremamente feliz. Se não, já é fantástico saber que ele está bem.
Eu acredito que depois que um relacionamento acaba as pessoas precisam de tempo. Tempo pra si e para os outros. De nada adianta manter contato, ligar, emails, recados por amigos em comum. Erro clássico. Tudo o que foi divertido vira pó por picuinha. Aliás, acho que já mencionei isso em algum outro post. Definitivamente esses cinco anos longe foram muito necessários. Hoje eu posso conversar com ele como uma pessoa normal e rir novamente de todas as coisas bobas e engraçadas que fizemos juntos. Foi uma experiência muito interessante pra mim. Ainda tenho a mente presa, apesar do coração estar em paz em relação ao ex. ( Ex, não o ex ex).
Enfim...eu não fui infantil. Fui adulta. Fui lá, visitar, contar as novas, ouvir as novas, dar risada pelas bobeiras do passado.
Engraçado perceber que a gente cresce. De uma maneira ou de outra, somos obrigados a crescer.

P.S: Apenas uma semana pra ir pra praia. Dito isso, saberemos em uma semana se voltei a ser eu, ou se meu eu continua on hold.

22 julho, 2008

Eu não fui forte

Não fui nem um pouco forte. At all.
Tudo estava combinado. Tudo estava certo, arrumado. Deixei tudo limpinho e arrumadinho, para que não houvesse nenhum problema. Mas de nada adiantou.
Eu pedi férias. FÉRIAS. Pra que não fosse problema pra ninguém. Eu iria tirar uma semana de férias pra cuidar de mim. Operar meu olho, ir ao médico, dentista. Fazer tudo o que eu precisava fazer. O que eu eu recebo em troca de ter feito tudo com dois meses de antecedência??? Um "pedido" de reavaliação da minha licença médica. Uma semana é muito tempo pra operar o olho. Novamente: eu havia pedido férias, pra não ter nenhum tipo de problema. E de nada adiantou. Hoje é terça feira, operei meu olho correndo ontem. Amanhã volto pra São Paulo. Pra trabalhar quinta e sexta. Pq ninguém consegue cobrir meus clientes por uma semana. Uma única semana. Apenas sete dias! Nenhum embarque estava parado, nenhum email deixou de ser respondido. Nada. Mas eu nao posso ficar uma semana fora.
E então eu comecei a pensar. Pensar, pensar, pensar, pensar. Definitivamente isso é o que eu mais faço na vida. Eu penso. Prós, contras. Contas, faculdade. Viagem de férias. Será que vale a pena mesmo? Vale a pena deixar meus pais aqui, ir correndo de volta pra São Paulo, trabalhar dois dias, voltar pra cá, ficar mais sábado e voltar pra São Paulo de novo? Vale realmente? Pq eu já não sei mais o que vale pra mim. Todo mundo continua repetindo: fica ai, larga a mão de ser boba...ela tá sendo cara de pau...já tava td combinado. Mas eu não consigo ser assim. Eu simplesmente não consigo apertar o foda-se e falar que simplesmente não vou. Pq eu sei que no final das contas, por mais merda que eu faça, eu sempre seguro as pontas e faço o negócio andar. Afinal, quem cobriu 30 dias de férias sem ninguém ajudando? Mas eu não tive coragem de falar não. Não tive coragem de falar: já tava td certo, eu não vou voltar antes.
A solução? Ainda estou pensando. Provavelmente vou pedir demissão. Ficar até o final de novembro. A possiblidade é grande. Talvez ficar até a primeira semana de dezembro e ir pra Alemanha conforme o combinado.
Não sei. Só sei que não fui forte como eu sei que sou. Eu simplesmente deixei que minha vontade fosse suprimida pela vontade alheia. Deixei que montassem em mim.
Vamos ver o que acontece qdo voltar pra lá na quinta. Provavelmente vou ficar com cara de merda e trabalhar com fone pra não ter que ouvir ninguém. Trabalhar pro dia passar rápido e poder voltar pra cá.
O primeiro passo para a mudança eu já dei. Mas as coisas exigem paciência. E tempo.

07 julho, 2008

Eu não sou...qualquer coisa que se encaixe neste post.

Continuo em stand by. Suiça rules.
Desde Janeiro estou sozinha. Fiquei apenas com um cara desde o fatídico fim do namoro. Não que isso seja ruim...Reencontrei-me. Pude pensar, chorar, afogar as mágoas, lavar a alma. Pra poder chegar inteira num próximo relacionamento. Nada pior do que começar algo sem ter de fato terminado o anterior. Essa coisa do: vamos beijar o primeiro mané que aparecer na frente só pra esquecer é total furada. Sempre fui dessa teoria...e nunca me arrependi!
De qualquer maneira, depois de seis meses, me dei carta branca pra, sei lá...deixar alguém me descobrir. Deixar alguém legal se aproximar e ver no que vai dar. E esse alguém total apareceu do nada. Não esperava. Aliás, brincava com o pessoal que estava saindo em determinados dias, pois naquele dia arrumaria um namorado. Tá certo que nunca aconteceu, heh. Mas renderam várias risadas todos os dias. Acho que falava mais pra rir com o pessoal do que de fato arrumar um namorado. Até receber o e-mail.
Não esperava, aliás, nem lembrava da existência do menino. Mas ele apareceu. Mandou um e-mail fofo, puxou assunto...pensei: oras, pq não? Ele é fofo, educado...a idade é boa. Dei bola. Conversa daqui, conversa dali, telefones são trocados, conversas sem pé nem cabeça, assuntos bizarros. Um bom jeito de começar qualquer coisa comigo. Gosto de bizarrices.
Porém, nada pode ser tão bom assim, certo? Certíssimo. Ele tem uma filha. De um ano. A mesma idade do meu sobrinho mais velho. Ele tem 23 e a ex tem 18. D E Z O I T O. Uma criança. Ou melhor, duas crianças com uma criança pra cuidar. Eu sirvo muito bem pra cuidar do meu sobrinho. Afinal, é meu sobrinho. É sangue, família. É meu bebê. E eu não tenho que cuidar dele sempre, nem dividir a atenção de ninguém com ele. Alias, é muito difícil eu prestar atenção em qualquer pessoa quando estou com ele. Mas isso sou eu. Eu não tenho espaço pra uma criança na minha vida. Eu sou carente, eu sou chata. Eu demando tempo e paciência. Dividir fins de semana, noites ocasionais, atenção, carinho, não é pra mim. Não agora. Um dia eu vou ter um filho. Mas não aos 23 anos. Não enquanto eu não tenho condições de cuidar de mim mesma. Pra mim, ter um filho tão novo só prova o tamanho da sua irresponsabilidade e imaturidade. E eu deixei isso pra trás. É difícil pensar em fins de semana em que teremos de ficar em casa pq o bebê vai estar lá. Ou ver a ex sempre lá. Por mais tranqüila e absolutamente desligada que eu seja, essas coisas me machucam. E eu não falo nada, mas acabo mudando de atitude. Devagar, mas mudo. E eu passo a ser grossa, distante. Eu não quero isso. Quero curtir, quero sair, quero beber...sem pensar em amarras, em responsabilidades.
Não fui adiante. Não beijei o carinha e expliquei a situação. Me senti meio bruxa. Tipos, dona Clotilde. Mas eu seria muito pior depois.
O stand by pretende durar até a ida para a praia, em agosto.