22 julho, 2008

Eu não fui forte

Não fui nem um pouco forte. At all.
Tudo estava combinado. Tudo estava certo, arrumado. Deixei tudo limpinho e arrumadinho, para que não houvesse nenhum problema. Mas de nada adiantou.
Eu pedi férias. FÉRIAS. Pra que não fosse problema pra ninguém. Eu iria tirar uma semana de férias pra cuidar de mim. Operar meu olho, ir ao médico, dentista. Fazer tudo o que eu precisava fazer. O que eu eu recebo em troca de ter feito tudo com dois meses de antecedência??? Um "pedido" de reavaliação da minha licença médica. Uma semana é muito tempo pra operar o olho. Novamente: eu havia pedido férias, pra não ter nenhum tipo de problema. E de nada adiantou. Hoje é terça feira, operei meu olho correndo ontem. Amanhã volto pra São Paulo. Pra trabalhar quinta e sexta. Pq ninguém consegue cobrir meus clientes por uma semana. Uma única semana. Apenas sete dias! Nenhum embarque estava parado, nenhum email deixou de ser respondido. Nada. Mas eu nao posso ficar uma semana fora.
E então eu comecei a pensar. Pensar, pensar, pensar, pensar. Definitivamente isso é o que eu mais faço na vida. Eu penso. Prós, contras. Contas, faculdade. Viagem de férias. Será que vale a pena mesmo? Vale a pena deixar meus pais aqui, ir correndo de volta pra São Paulo, trabalhar dois dias, voltar pra cá, ficar mais sábado e voltar pra São Paulo de novo? Vale realmente? Pq eu já não sei mais o que vale pra mim. Todo mundo continua repetindo: fica ai, larga a mão de ser boba...ela tá sendo cara de pau...já tava td combinado. Mas eu não consigo ser assim. Eu simplesmente não consigo apertar o foda-se e falar que simplesmente não vou. Pq eu sei que no final das contas, por mais merda que eu faça, eu sempre seguro as pontas e faço o negócio andar. Afinal, quem cobriu 30 dias de férias sem ninguém ajudando? Mas eu não tive coragem de falar não. Não tive coragem de falar: já tava td certo, eu não vou voltar antes.
A solução? Ainda estou pensando. Provavelmente vou pedir demissão. Ficar até o final de novembro. A possiblidade é grande. Talvez ficar até a primeira semana de dezembro e ir pra Alemanha conforme o combinado.
Não sei. Só sei que não fui forte como eu sei que sou. Eu simplesmente deixei que minha vontade fosse suprimida pela vontade alheia. Deixei que montassem em mim.
Vamos ver o que acontece qdo voltar pra lá na quinta. Provavelmente vou ficar com cara de merda e trabalhar com fone pra não ter que ouvir ninguém. Trabalhar pro dia passar rápido e poder voltar pra cá.
O primeiro passo para a mudança eu já dei. Mas as coisas exigem paciência. E tempo.

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