26 agosto, 2008

Decidi dar um tempo.

Eu ia começar este post dizendo que eu não me importo mais. Mas se eu realmente não me importasse, não perderia meu tempo falando sobre isso. O que significa que eu ainda me importo, e muito.
O que eu posso dizer é que eu perdi a vontade, o tesão, a boa vontade em entender e várias outras coisas que eu nem consigo pensar agora. Mas por mais que eu queira, eu não consigo me sentir mal por isso. Tudo o que eu podia fazer, falar, mostrar...eu fiz. Se as pessoas não querem ver por si mesmas não existe muita coisa que eu possa fazer. E nem sei se quero mesmo fazer.
Só não me faça promessas em vão, só não me faça perder meu tempo. Só não me faça dedicar tempo, paciência, ombro e afins sendo que você nunca vai retribuir da mesma maneira. Quantas vezes deixei de fazer coisas que eu queria, de ficar com meus pais, de ir para uma outra balada, um show, qualquer coisa pra satisfazer as suas vontades pq, querendo ou não, apesar de toda minha irritabilidade, chatice e afins, eu tenho um coração mole. Mas um dia eu te disse que a gente só aprende quando sente o gosto do asfalto por nós mesmos. E eu senti. E eu desencanei de fazer as coisas por você.
Eu obviamente não quero passar pelo o que já passamos. Foi definitivamente uma das piores coisas que me aconteceu. Mas também cansei de ser trouxa. Já tive minha cota. E ela estourou este final de semana. Não existe mais espaço para boa vontade e coração mole. Pq no final eu sempre me fodo. E me foder todas às vezes enche o saco.
Portanto, eu quero que vocês sejam felizes, caso vocês voltem. Que de fato ambos estejam maduros os suficientes para colocar todas as merdas pra trás e começar algo novo e completamente diferente do que tiverem. Pq, na boa, a gente sabe no que vai dar se tudo continuar como sempre foi.
Mas acabou a fase sluttyiena. Pelo menos compartilhada com você. Acabou os finais de semana juntas falando merda, bebendo cerveja e arrotando que nem homem. Pq eu não to afim de ser um step pra quando vocês não puderem se ver. As coisas poderiam ter acontecido de outra maneira. Mas você prefere sempre o caminho mais difícil. Vê o que você quer fazer e me avisa. Só não vou mais perder meu tempo quando você precisar de mim mas nunca ter você quando eu preciso. Acho que está na hora da gente mudar um pouco a dinâmica das coisas. Sempre um ceder não dá certo.
Mas foi como eu te disse: we still got love, we still have time.

18 agosto, 2008

Pelo não amor

Amor. Amor. Amor. Já percebeu como até mesmo o verbo em si já perdeu o seu sentido? As pessoas usam o verbo e suas flexões de maneiras tão banais e dispensáveis que nem mesmo ele conhece seu próprio sentido. E, pra dizer a verdade, eu to cansada da fama do amor.
É tão comum você ouvir casais dizendo: eu te amo. Mas, seria amor mesmo? Amor na sua forma pura e simples? Amor esse que de fato é eterno? Mutável, mas eterno? Amor esse que no segundo dia já é tão profundamente sentido e deliciado a ponto de ser pronunciado com o maior deleite? Será mesmo? Não sei. Chamem-me de cética, mas eu não acredito.
As pessoas casam, descasam, namoram, ficam, fazem sexo e às vezes confundem os sentimentos. E na falta de palavras (talvez por ignorância) dizem que é ou foi amor. Oi, não foi! Te garanto. Às vezes as pessoas nem mesmo trocaram olhares e você ouve: OH eu o amo. Ama quem? Uma figura que você não tem idéia se é inteligente ou não? Se é simpático, educado? Eu faria o Michael Phelps por exemplo, mas eu não o amo. Certeza que é amor o que você sente por alguém público? Ou é apenas admiração por tudo o que representa? Talvez a fama, a beleza, a graça. Até mesmo o fato de casar ou descasar como se troca de calcinha. Mas o amor é outra coisa. Ou deve ter sido e se perdeu no caminho.
Cansei. Só isso. Cansei das pessoas usarem o amor como desculpa. Ou das pessoas dizerem umas para as outras que as amam pra escapar de uma briga. Como forma de pedir desculpas por alguma merda feita. Como que para se explicar por não gostar tanto quanto a outra. Pra evitar desentendimentos, olhares feios ou até mesmo a reprovação de terceiros!!! Foda-se o que você sente pela outra pessoa. O importante é ser honesto com você e com o outro. Se ainda não é amor, ué, paciência...talvez um dia. Uma hora bate uma coisa, um arrepio na espinha, uma engasgada antes de falar qualquer coisa e ai você percebe: uau...é amor. Mas, enquanto sua palma da mão não suar, sua cabeça não girar, as borboletas amarelas do seu estomago não se manifestarem, o melhor é não dizer nada. Até pq um olhar muitas vezes é bem melhor do que um eu te amo falso e calculado.
Por isso eu sou a favor do não amor. Sim, pelo não amor. Pq eu desconfio de quem diz eu te amo demais. Cada vez que se falam, lá está o eu te amo. E a sensação de falsidade fica no ar. Ninguém ama tanto e nem a todo minuto. Existem momentos em que você quer esganar a pessoa. Fazer com que ela suma da sua frente. Eu te amo demais quer provar alguma coisa que nem você sabe se sente mesmo ou não.
Então, eu não digo eu te amo. E não falo mesmo. Pode perguntar. Eu preciso ter certeza de que não vou soltar algo falso que vá ficar na memória de ninguém. Talvez eu pense demais e por isso nunca tenha falado. Mas tudo o que senti e falei foi verdadeiro. Mas não senti que podia falar eu te amo. Talvez pq eu não amasse. Mas não vou dizer só por dizer. Pra ter o que falar em momentos de silêncio. Por não ter algo melhor pra dizer numa briga. Em sinal de agradecimento por um presente. Eu vou dizer no momento mais tolo. Mas a pessoa vai saber que o amor é verdadeiro.

14 agosto, 2008

Aquilo que não tem sentido.

Nada ultimamente tem feito muito sentido. Não que muita coisa tenha feito muito sentido pra mim. Mas ultimamente a coisa desandou. Engraçado pq eu consegui colocar meu eu no lugar, mas o resto perdeu seu sentido mais puro. Talvez as coisas sejam assim mesmo.
Ando contabilizando os estragos do meu afastamento geral pós-término. Devo dizer que é exaustivo ter que me explicar pela vigésima vez. Sinceramente. Achei que as pessoas me conheciam melhor. Até pq sempre disseram que eu sou muito seletiva na escolha dos meus amigos, ou seja, escolhi aqueles que mais têm condições de entender um ser complexo como eu. Acho que não...heh.
O problema é que com as desculpas vêm as perguntas. Como você está? Têm se falado? Blábláblá whiskas sachet blábláblá. Sei lá...enche o saco!

Não tenho aulas de sexta. Iei!! Felicidade acima da média. Mas ontem eu fui. Na primeira aula apenas, mas fui. Voltei pra casa, tomei banho. E dei de cara com meu vizinho voyeur.
Eu sempre, desde que moro aqui em São Paulo, tenho costume de deixar a janela aberta. Não inteiramente aberta, mas aberta. Tipos, um pedaço. Uma fresta. Sempre fiz isso. Nunca tive nenhum problema. Mas ontem, meu quarto naquela bagunça digna de zona de Guerra, eu falando sozinha como sempre, sento na cama, sem toalha e começo a passar meus cremes. Sim, mulheres e seus muitos cremes. Até que, não sei, sensação estranha, de quem está sendo observado. Olho pra janela e lá está o vizinho. Olhando pra mim. Disfarço, levanto, coloco a toalha, fecho a janela. Termino de me trocar. Abro a janela de novo. Já não está mais lá. Deito, começo a ler. Bate o sono. Apago a luz. Sonhos bizarros. Acordo as duas da manhã. E depois as quatro. Cheguei no trabalho atrasada. Chove. Mas, sei lá. Não foi tão ruim ter sido observada. Faz bem pro ego. Faz tempo.

Saudade é não saber o que acontece com a outra pessoa. Eu sinto saudades dele. Não dele fisicamente. Isso eu consegui colocar pra trás. Mas sinto falta do que ele significava. Não sei o que se passa com eles, ou com nossos amigos. Mais dele do que meu. Mas sinto saudades deles. Me afastei pra não gerar intrigas desnecessárias. Queria saber se ele está indo pra faculdade de sábado. Se ele já está colocando as coisas em ordens. Se tudo está bem.

Realmente nada mais faz sentido. Nem este post!

04 agosto, 2008

Eu sempre fui o que sou

E eu não fui para a praia! Bateu a preguiça, a previsão do tempo não era das melhores...o trânsito como sempre estava um inferno....então, decidimos ficar! E não poderia ter sido melhor.
Primeiro pq ter a Pess junto comigo durante 3 dias é fantástico. Todas as conversas bizarras, os arrotos, as cervejas e o máximo de bad tv que conseguimos assistir é simplesmente incrível. Segundo pq eu sempre reencontro meu eixo quando estamos juntas! Terceiro pq...terceiro pq é só colocar um sorriso no rosto...parece que o mundo sorri de volta.
Na sexta, fomos no boteco ao lado de casa com o André. Nada melhor do que botecos ao lado de casa. Lei seca que se exploda. Vou e volto a pé sem problemas!! Depois, corremos pra casa, trocamos de roupa e fomos pro CB. De táxi, obviamente. Sou louca, mas não a ponto de passar numa blitz e acabar com o fim de semana! E foi muuuuuuito bom! Total estava precisando. Tipos, absurdamente. E não poderia ter tido cia melhor do que minha grande e fiel Pess. Dançamos, bebemos, falamos merda, rimos, flertamos (nada maaaaais divertido do que dizer flertar!)...carinha fofo...mais novo...heh. Enfim, eu me diverti.
Foi então (ou melhor...acho que foi hoje...talvez eu tenha tido esse flash ontem...ah sei lá...)enfim, foi então que eu percebi que eu mudei sem ter mudado. Não estou mais neutra, não sou mais a Suíça. Agora eu voltei a ser eu, sem ser especificamente eu. Tá certo que é um pouco difícil de entender, mas talvez com o tempo vocês entendam. Ou não também, quem se importa? O fato é que eu voltei a ser eu...mas focando o meu eu para outro lado. Ao invés de ficar sempre naquele lado ranzinza, de quem não quer sair nem fazer nada fora da sua zona de conforto eu simplesmente mandei esse meu lado pra puta que o pariu e simplesmente viver. Pq afinal de contas, eu tenho apenas 23 anos e muito tempo pela frente. E ficar em casa fingindo que tudo está certo num sábado a noite sozinha definitivamente não é o que eu quero pra mim.
Pess e eu temos um plano agora. Um final de semana ela vem. Um final de semana eu vou. Portanto, não ficaremos mais tanto tempo sozinhas e sem as necessárias risadas e cervejas e arrotos. O mundo volta a seu curso natural. Mundo autista ao nosso redor...sem perder a pose!
Realmente estou empolgada com meu sempre eu modificado. Garantia de divertimento.