31 março, 2009

E o mundo ruiu em meu mal estar

Eu tenho sentido um mal estar com o mundo que se recusa a passar. Já fiz de tudo. Já pensei em tudo. Mas nada parece ser capaz de me deixar menos irritada e frustrada com as coisas ao meu redor. Talvez eu tenha de fato perdido a fé no mundo. Talvez não no mundo propriamente dito...mas naqueles auto proclamados seres pensantes que dominam a superfície terrestre.

Como futura jornalista, passo os momentos que posso lendo os jornais, revistas e inúmeros blogs que tenho acesso. E de uns tempos pra cá, pedofilia é a pauta em todos. Pais abusando de filhas, empresários de sucesso em redes imensas de prostituição infantil, padres iluminados que excomungam crianças estupradas (e eu tenho certeza de que o estuprador foi perdoado, afinal, a culpa foi da criança. Com certeza ela que fez todo o charme, neh seu padre? Assim como os garotinhos abusados pelos clérigos pelo mundo. A culpa é das crianças!) e uma infinidade de barbaridades. Começaram a pipocar devagar e de repente, as páginas estavam tomadas de notícias como essas. Como uma epidemia. Uma praga que se recusa a ser exterminada. E que não sabemos como começa. Quando vai aparecer. Quem vai ser monstro. Se o seu filho será a vítima.

Mas também me vi cercada de notícias sobre a cantora Rihanna e seu arrebentado rosto após um espancamento cometido pelo namorado. De dezenove anos! Por conta de uma mensagem de celular. Que muito provavelmente deveria contar algo cabeludo, para ela ter jogado a chave no meio fio, ter ligado pra assistente e fingido pedir pela polícia... Enfim. Não me cabe aqui julgar o pq eles brigaram, nem se de fato ele traiu ou deixou de trair. Isso é entre eles. O que me assusta é um menino de 19 anos, provavelmente com síndrome de Peter Pan (infância sofrida, mta grana na mão de repente...e a vontade de permanecer criança e intocável para o resto da vida) se achar no direito de descer a mão na namorada, fugir (!!!!), enviar uma nota aberta ao público que diz nada com coisa alguma e as fãs ainda apoiarem ele. Sim, apóiam. E ainda dizem que a culpada é a cantora, que ela deve ter feito algo que merecia tal punição. Novamente, não me cabe aqui julgar quem errou ou deixou de errar. Mas desde quando bater é a solução? Desde quando morder, bater com a cabeça da pessoa na janela, dar chave de braço, chutes e afins é a maneira de resolver qualquer coisa? Desde quando todas essas agressões foram feitas pra ensinar a mulher que o homem manda? E como é que chegamos ao ponto de meninas de 15 anos acharem que este tipo de comportamento é normal? Que aceitariam ser espancadas pelos maridos se isso lhes ensinasse algo? COMO ASSIM?

Não tenho mais vontade de acreditar numa melhora das pessoas. De um engrandecimento. Da continuidade da evolução como disse Darwin. Como é que podemos evoluir se os princípios básicos há muito foram perdidos? Como a humanidade pode crescer com essa obsessão pelas celebridades? Pelo endeusamento de moleques irresponsáveis e violentos? De estupros cometidos por pais contra os próprios filhos? Mantendo-os presos, ameaçando-os, subjugando?

Eu sinto que o mundo não vai mudar. E o meu mal estar não passará. Nem mesmo quando eu morrer e deixar pra trás toda essa sujeira em que as pessoas se afundaram e se afundam.

20 março, 2009

O motivo

Deve haver, em algum lugar, algum motivo para crescermos. Para perdermos a inocência e mergulhar num mar quase nunca de rosas. Um motivo realmente muito bom para perdermos o significado de uma borboleta ou simplesmente de uma nuvem no céu.

Deve haver também um motivo pelo qual somos congratulados por nos casar, ter filhos, ser alguém importante, fazer algo. Um motivo pelo qual o não casar, o não ter filhos, o ser alguém ordinário e fazer coisas ordinárias sejam passivas de pena, comiseração ou riso.

Posso supor que haja um motivo pra amar. Desejar alguém acima de qualquer coisa e muitas vezes fazer disso nossa meta. Um motivo que explique pq o mundo ao seu redor acha que vc é “desse jeito” pq não tem alguém pra chamar de seu.

Suponho também que haja um motivo para sentirmos dor. Que explique com clareza a insustentável leveza da dor. Qualquer dor seja ela física ou emocional. Dor é sempre dor. Deve haver um motivo para que isso nos leve a chorar. A ficar angustiado. A produzir radicais livres, a nos sentir impotentes. Um motivo que nos mostra pq sentir dor é o único meio de nos sentirmos vivos. Acordados.


Texto que escrevi em 2006.

13 março, 2009

Fazendo a Maysa

A cantora...não aquela coisa assustadora que chamam de Shirley Temple brasileira.

To em paz nos últimos dias. Portanto, estou sofrendo de um bloqueio. Não consigo escrever. Nem que disso dependa a minha vida.

06 março, 2009

Chove nos dias de verão

e chove novamente.

a água escoa pelo ralo.

leva junto meu bom humor.



cansei de encarar a chuva sozinha.

05 março, 2009

Teaching Suellen again

Você só pode rir dos outros quando aprende a rir de si mesmo!


e eu vou arder no inferno. Espero que seja por andar, como já explicou Dante...