16 junho, 2008

O que eu perdi

E finalmente o dia 12 foi embora. Levou consigo seus corações vermelhos, suas promoções e seus casais apaixonados. O trânsito atípico e as filas gigantescas nas portas dos restaurantes. Levou também minha típica irritação com esta data.
Acho que já é de conhecimento de todos que me conhecem a minha rabugice. Sou chata, reclamona e ranzinza...Mas essa sou eu! Adoro meus amigos, mas a falação e o burburinho do dia dos namorados só servem para dizer que os solteiros são miseráveis e sem condições de arrumar alguém. Por mais convicto que você seja da escolha que fez de ficar sozinho, no final das contas é assim que muitos casais nos vêem. Sozinhos, tristes e miseráveis. Não que eu queira ficar sozinha. Eu super quero um namorado. Eu super queria que meu namoro tivesse dado certo. Mas não deu! Sabe-se lá pq, mas não deu.
Talvez eu esteja fugindo. Talvez eu esteja novamente me fechando, por mais que isso me machuque. Mas dói menos me machucar do que ser machucada. Porque aí vem tudo outro vez. Apesar de ser uma delícia se apaixonar, descobrir a outra pessoa, seus gostos, sua risada, sua cara brava, seus vícios, quando termina, sobram as lágrimas, as lembranças. E então, coisas bobas , que nem havíamos percebido antes, vem à tona e você se pergunta como pôde ter sido tão ingênuo. E eu me tranco em casa. Me isolo. Esqueço que lá fora existe um mundo a ser visto, pessoas a serem conhecidas, piadas a serem contadas, cervejas a serem bebidas...Por mais que eu queira sair, algo me impede, me segura, dizendo que estou salva, sem riscos.
Demoro a esquecer. Preciso entender o que deu errado. O que eu fiz de errado. Mas a resposta nunca vem. E me torno mais rabugenta, mais ranzinza e mais fechada. E não deixo ninguém saber o quanto é gostoso me descobrir.

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