07 julho, 2008

Eu não sou...qualquer coisa que se encaixe neste post.

Continuo em stand by. Suiça rules.
Desde Janeiro estou sozinha. Fiquei apenas com um cara desde o fatídico fim do namoro. Não que isso seja ruim...Reencontrei-me. Pude pensar, chorar, afogar as mágoas, lavar a alma. Pra poder chegar inteira num próximo relacionamento. Nada pior do que começar algo sem ter de fato terminado o anterior. Essa coisa do: vamos beijar o primeiro mané que aparecer na frente só pra esquecer é total furada. Sempre fui dessa teoria...e nunca me arrependi!
De qualquer maneira, depois de seis meses, me dei carta branca pra, sei lá...deixar alguém me descobrir. Deixar alguém legal se aproximar e ver no que vai dar. E esse alguém total apareceu do nada. Não esperava. Aliás, brincava com o pessoal que estava saindo em determinados dias, pois naquele dia arrumaria um namorado. Tá certo que nunca aconteceu, heh. Mas renderam várias risadas todos os dias. Acho que falava mais pra rir com o pessoal do que de fato arrumar um namorado. Até receber o e-mail.
Não esperava, aliás, nem lembrava da existência do menino. Mas ele apareceu. Mandou um e-mail fofo, puxou assunto...pensei: oras, pq não? Ele é fofo, educado...a idade é boa. Dei bola. Conversa daqui, conversa dali, telefones são trocados, conversas sem pé nem cabeça, assuntos bizarros. Um bom jeito de começar qualquer coisa comigo. Gosto de bizarrices.
Porém, nada pode ser tão bom assim, certo? Certíssimo. Ele tem uma filha. De um ano. A mesma idade do meu sobrinho mais velho. Ele tem 23 e a ex tem 18. D E Z O I T O. Uma criança. Ou melhor, duas crianças com uma criança pra cuidar. Eu sirvo muito bem pra cuidar do meu sobrinho. Afinal, é meu sobrinho. É sangue, família. É meu bebê. E eu não tenho que cuidar dele sempre, nem dividir a atenção de ninguém com ele. Alias, é muito difícil eu prestar atenção em qualquer pessoa quando estou com ele. Mas isso sou eu. Eu não tenho espaço pra uma criança na minha vida. Eu sou carente, eu sou chata. Eu demando tempo e paciência. Dividir fins de semana, noites ocasionais, atenção, carinho, não é pra mim. Não agora. Um dia eu vou ter um filho. Mas não aos 23 anos. Não enquanto eu não tenho condições de cuidar de mim mesma. Pra mim, ter um filho tão novo só prova o tamanho da sua irresponsabilidade e imaturidade. E eu deixei isso pra trás. É difícil pensar em fins de semana em que teremos de ficar em casa pq o bebê vai estar lá. Ou ver a ex sempre lá. Por mais tranqüila e absolutamente desligada que eu seja, essas coisas me machucam. E eu não falo nada, mas acabo mudando de atitude. Devagar, mas mudo. E eu passo a ser grossa, distante. Eu não quero isso. Quero curtir, quero sair, quero beber...sem pensar em amarras, em responsabilidades.
Não fui adiante. Não beijei o carinha e expliquei a situação. Me senti meio bruxa. Tipos, dona Clotilde. Mas eu seria muito pior depois.
O stand by pretende durar até a ida para a praia, em agosto.

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