03 fevereiro, 2009

Personality disorders

E eu me descobri limítrofe. Bem, não só limítrofe como também esquizotípico. A anti-socialidade, a obsessão compulsiva e a ansiedade já eram conhecidas. Mas todos sempre me chamaram de bipolar devido às intensas oscilações de humor. Mas isso se deve à minha personalidade limítrofe!

Comecemos pelo mais leve: o transtorno esquizotípico. Transtorno que se caracteriza por um comportamento excêntrico (bom...nada errado até aqui) e por anomalias do pensamento e do afeto que se assemelham àquelas da esquizofrenia (say what??!!). Os sintomas são afeto frio ou inapropriado (bom, até que tem certa razão), comportamento estranho ou excêntrico (ok, total correto), tendência ao retraimento social (tell me something new), ruminações obsessivas (me senti uma vaca, mas ok, está certo) e mais algumas coisas para terminar dizendo que é um transtorno “borderliner”, latente, pré-psicótica (oi?) e pseudopsicopática.

Resumindo eu sou excêntrica, com problemas de afeto, me isolo do mundo e fico ruminando coisas ruins que nem vaca rumina o pasto. Até ai, até que tudo bem. Devo concordar com tudo. Só não gostei do nome da doença. Esquizotípico parece um esquizofrênico típico. Bem aquela coisa de vizinho sabe? Trágico.

Anyway, ainda sou limítrofe. E vamos ao meu estado “borderliner”. Característica individual que reflete padrões de comportamento enraizados, inflexíveis e de má adaptação, caracterizados por atos impulsivos e imprevisíveis e instabilidade de humor e nas relações pessoais. Bom...eu sou instável mesmo, devo admitir. E também tenho muitos atos impulsivos. Meu humor então, coitado. Tenho explosões que assustam os desavisados. A pessoa com distúrbio da personalidade limítrofe é impulsiva em áreas que têm um potencial para autodestruição. Os relacionamentos com outras pessoas são intensos e instáveis. A pessoa faz esforços frenéticos para evitar o abandono real ou imaginário e apresenta instabilidade de humor e raiva sem motivos. Também pode haver incertezas quanto à auto-imagem, objetivos a longo prazo ou escolhas profissionais
Correto novamente!

Enfim, isso ai tudo sou eu. Tentei me autodestruir durante muitos anos, quando era mais nova. Talvez dos 15 até os 19 anos. Daí, fiz uma tatuagem no pulso que mais costumava machucar e prometi nunca mais fazê-lo. Tenho mantido minha promessa desde então. Mas foi a única promessa. Continuo tento relacionamentos intensos e medos absurdos de perder. Entro em estado de completo numbness quando termina, até resolver acordar de novo. Tenho muitas incertezas sobre mim mesma, apesar de que não ligo muito pro que as pessoas falam. Acho desnecessário dar ouvidos. Me sinto totalmente inepta socialmente, sempre achei que não nasci em comercial de margarina pra ficar sorrindo a toa.

Pelo menos agora eu tenho uma boa desculpa para todos os meus mood swings e para minha inabilidade social!

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