06 janeiro, 2009

Sou sempre preguiçosa...

Tá! Admito. Deveria ter postado isso há duas semanas.

Mas, se vc pensar, eu quebrei DUAS costelas antes do show da Madonna (na madrugada do dia 21) E só descobri dia 31. Sem contar que fui e voltei pra Minas no Natal e Ano Novo. Caos total. Mas estou aqui para me redimir e postar o que eu escrevi pro jornal. Divirtam-se com meu relato pós show.

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Menos de 24 horas depois do último show da turnê da diva máxima do pop, eu ainda estou um pouco passada. Minhas pernas não são mais sentidas há um tempo e eu não consigo me concentrar. Acho que me levaram pra igreja e me enfiaram dentro do sino.

Camarote VIP do Bradesco, portão 5, estádio do Morumbi. Saí de casa um pouco cedo demais, mas o medo do trânsito e a chuva insana que caia me fizeram ir mais cedo. Chego lá às 18 horas. O show está marcado para as 20 horas. Mas todos sabem que a diva só entrará as 22. Ela pode.
O camarote é puro glamour. Mas o lugar. As pessoas...bom, essas poderiam ter ficado em casa mesmo. Não sabia se estava indo para um baile de carnaval, uma festa dos anos 80 ou num show do Calypso e Falcão. Dinheiro nem sempre é tudo nesta vida. Camarote caríssimo, com pessoas mal educados, fazendo a linha blasé, emporcalhando o chão e dando muito trabalho para o staff da limpeza antes mesmo da Titia Madge começar a cantar. Pessoas que se dizem elegantes fazendo marmitinhas de chips e pãezinhos em copos de plástico e derrubando tudo no chão. Fina!

Realmente estavam ali 70 mil pessoas. Morumbi lotado. No fim das contas, apesar de ser um anão de jardim, talvez ficar no meio do povão não fosse tão ruim. Só dava eu dançando, pulando e cantando. Os finos do camarote agem de uma maneira blasé. Todos sentados fazendo a pheena. Me senti no Japão. Ninguém nem ao menos batia palmas quando ela terminava de cantar. Mas eis que eu descobri porque. Ninguém ali sabia cantar NENHUMA musica dos últimos álbuns da Diva! A não ser eu e mais duas moças, também dancantes comigo. Quando titia Madge começou a cantar as antiguidades (like a virgin e afins) ai o povo blasé deixou de sê-lo e passou a dançar e cantar. E então os pseudo-qualquer-coisa-de-status-que-o-valha se animou.

O show tecnicamente é perfeito. Muitos efeitos, vários vídeos, muita dança e o áudio impecável. Ela iniciou o show com um playback de Candy Shop, mas se redimiu na segunda musica até o fim ao vivo. Interagiu loucamente com o público brasileiro que quase ovulou de tanto gritar. Madonna pedia barulho e os fãs quase colocavam o Morumbi abaixo com palmas e gritos. O final, uma bela homenagem ao Brasil. Os dançarinos entraram sem camisa, com a bandeira do Brasil enrolada na cintura.
Mas, então, o show acaba. E volto para a realidade de São Paulo. Mal ela sai do palco e corro loucamente para fora do estádio. Procuro um táxi. Todos reservados. 70 mil pessoas e apenas 3 mil taxistas cadastrados. Catástrofe não faz jus ao que aconteceu. Entro no táxi. Meia hora pra sair do Morumbi. Cheguei em casa uma da manhã. E tenho a leve impressão de que passaram com um rolo compressor por cima de mim!

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